Manual da Indulgência da Senda do Homem de Bem

Treinamento da virtude Indulgência
Manual da Indulgência da Senda do Homem de Bem
909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?
“Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é à
vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
A missão de todos nós é evoluir, imagine poder retornar ao mundo espiritual com a
conquista efetiva de uma virtude que apenas os homens de bem possuem? Vale a pena qualquer
esforço para poder dizer amanhã que traz em si algo melhor do que hoje.
Ser indulgente em nosso treinamento é quase um sinônimo de evitar criticar.
Indulgência como sinônimo de perdão deverá ser visto em um treinamento sobre o perdão.
Explicações:
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Este é um treinamento realizado em duas etapas, a primeira corresponde a um período
de preparação de sete dias seguidos e de um período de treinamento prático variável
conforme a virtude escolhida.
As virtudes escolhidas compõem as definidas na Senda do Homem de Bem
(http://www.divulgacaoespirita.com.br/senda/), que por sua vez e baseada no texto O
Homem de Bem do Evangelho Segundo o Espiritismo.
O princípio utilizado nesse treinamento encontra-se no Livro dos Espíritos, na indicação
feita por Santo Agostinho sobre o conhecer a si mesmo e sobre como conhecer a si
mesmo, através de perguntas, dando luz ao que está oculto.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
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Também se baseia na ideia de Aristóteles que o homem agira bem se conhecer o bem,
confirmada na resposta dada a questão 780 – a1 de O Livro dos Espíritos. Aristóteles
também afirma que a virtude é conseguida pela prática.
Todas as nossas ações passaram antes pelo nosso campo mental, por isso é importante
saturar a nossa mente com os conteúdos que desejamos reforçar.
A evolução é cíclica, enquanto estiver realizando esse treinamento irá sentir uma grande
melhora interior quanto a virtude que está sendo treinada, após o treinamento sentirá
gradualmente uma queda, mas se executou corretamente o treinamento jamais irá
retrogradar ao ponto de partida, estará sempre um nível acima do que estava.
Após o treinamento, quando sentir que a conquista da virtude está enfraquecida, refaça
o treinamento, que seja um, cinco, dez anos depois de ter feito a primeira vez, repita
quando sentir que é necessário.
Um outro princípio abordado por Aristóteles e que adotamos aqui é que a sabedoria do
indivíduo pode ser medida pela capacidade de ensinar, assim, um exercício para saber
o quanto se saber é tentar ensinar a outro o que aprendeu. Esse exercício será
requisitado algumas vezes.
Link para a virtude no fórum: http://www.divulgacaoespirita.com.br/senda/.
Pré-requisitos:
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É básico para qualquer pessoa que queira evoluir assumir que não possui a virtude em
grau máximo, qualquer que seja a sua virtude ela ainda pode ser melhorada, visto que
apenas O Criador é que pode possuir todas as virtudes em grau máximo.
Instruções:
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Você deve ler apenas um programa por dia.
A leitura deve ser iniciada pela manhã.
Após a leitura você deverá realizar uma reflexão íntima requisitada,
mentalmente.
Algumas considerações deverão ser escritas.
A noite você deve reler o texto e realizar uma outra reflexão que está sendo
requisitada.
Em todos os dias, junto das leituras que fizermos, iremos refletir sobre a indulgência
e sobre nossas atitudes em relação a indulgência.
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a) - Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral? “Fazendo compreensíveis o bem
e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da
inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.”
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Sumário
Manual da Indulgência da Senda do Homem de Bem ..............................................................1
Primeira Etapa ......................................................................................................................4
Dia 1 – A Indulgência ........................................................................................................5
Dia 2 – Definições formais sobre a Indulgência ................................................................7
Dia 3 – A importância de ser Indulgente ........................................................................10
Dia 4 – Reflexões interiores ............................................................................................12
Dia 5 – Porque existe a dificuldade de ser Indulgente ....................................................16
Dia 6 – Oportunidade de renovação (Reencarnação) .....................................................20
Dia 7 – O que Jesus disse sobre Indulgencia. ..................................................................23
Dia 8 – Resumo ...............................................................................................................26
Segunda Etapa .........................................................................Erro! Indicador não definido.
Material de Apoio Online ........................................................Erro! Indicador não definido.
Versões
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Versão desse treinamento: 1 – 22/03/2014
Versões anteriores:
o 13/03/2014
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Primeira Etapa
Antes de começar tenha certeza que leu as instruções nas páginas anteriores.
Vamos começar hoje o nosso estudo sobre a indulgência usando técnicas diversas de
aprendizagem, como aprendizagem espaçada e coaching.
Gostaria de lhe informar que a indulgência é um hábito dos mais importantes a se
desenvolver e que lhe auxiliará a ser um verdadeiro cristão e que ao mesmo tempo é talvez o
hábito mais fácil de se adquirir, não exigirá muito de você, apenas alguma reflexão.
Gostaria de salientar que é mais fácil conquistar um hábito quando você consegue
enxergar benefícios na aquisição desse hábito, por isso em alguns momentos iremos opinar em
outros lhe requisitar uma reflexão.
Enquanto organizadores, estamos utilizando esse material em nós mesmos, com o
objetivo e a certeza de poder dizer amanhã que trazemos em nós algo melhor do que hoje, e
nossa única ambição nessa distribuição é ajudar a você também, lhe apresentando um mapa,
sem com isso esgotar o assunto.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
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E quanto a nós próprios, que benefícios à indulgência proporciona?
A conquista do coração do próximo, de sua amizade, além do bem-estar que
experimentamos, decorrente da certeza de que procuramos cumprir o mandamento divino
contido no amai-vos uns aos outros...
A pessoa indulgente torna-se simpática, angariando o reconhecimento daqueles que a
cercam, e isto é motivo de júbilo para ela.
Fonte: http://www.cvdee.org.br/est_eesetexto.asp?id=058&showc=S Centro Virtual de Divulgação e
Estudo do Espiritismo (CVDEE)
Dia 1 – A Indulgência
Ao iniciar o dia, responda:
O que você entende por ser indulgente? Antes de ler os textos abaixo,
pense e escreva um parágrafo.
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
— Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das
ofensas.
Muitos benefícios serão percebidos no decorrer do treinamento, a indulgência é um
hábito que nos permite desenvolver a caridade, a tolerância, a simpatia, o perdão, o falar
corretamente, o ouvir corretamente e muitos outros.
Na base de nosso estudo estão os textos espíritas, por isso vamos começar com um
texto de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
JOSÉ
Espírito Protetor, Bordeaux, 1863
Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão
fraternal, que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam.
A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Ocultaos, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre
uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que,
fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para
prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não
faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase
sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
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vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh,
homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios
pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos?
Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que
julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em
consequência, desculpa frequentemente as faltas que condenais, ou condena as que
desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto:
“anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto
o rigor desalenta, afasta e irrita.
Tradução de José Herculano Pires
Ao final do dia, releia o texto.
“A disciplina é a mãe do êxito.” Ésquilo
Resumo:
A indulgência é parte da caridade e jamais se preocupa com os maus atos alheios, a
menos que seja para prestar um serviço.
Devemos passar a julgar os nossos próprios corações, os nossos próprios pensamentos
e os nossos próprios atos, sem nos ocuparmos do que fazem os nossos irmãos, visto que mesmo
aquele que julga em última instância desculpa frequentemente as faltas que condenamos, ou
condena as que desculpamos.
Pergunta Poderosa: O que você entende por ser indulgente agora? Escreva sem copiar o texto
lido.
Exercício: Na próxima vez que estiver conversando com um grupo de pessoas, reflita
se elas estão sendo indulgentes e repare se você mesmo está sendo indulgente para com que
está ausente. NÃO REPREENDA NINGUÉM DURANTE a conversa.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
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Dia 2 – Definições formais sobre a Indulgência
Revisão:
A indulgência é parte da caridade e jamais se preocupa com os maus atos alheios, a
menos que seja para prestar um serviço. Não devemos nos ocupar do que fazem os nossos
irmãos.
780. O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual? “Decorre deste,
mas nem sempre o segue imediatamente.” (l92-365)
a) — Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O
desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade
dos atos.”
Ao iniciar o dia, responda:
O que você entende por ser indulgente? Apenas reflita.
in·dul·gên·ci·a 2
(latim indulgentia, -ae)
substantivo feminino
1. Qualidade de pessoa indulgente.
2. Perdão (ou atenuação da gravidade) de uma falta.
3. Bondade (que desculpa o que é censurável ou importuno).
4. [Religião católica] Remissão dos pecados concedida pela Igreja.
Historicamente, no catolicismo
“Na doutrina católica a indulgência é o perdão fora dos sacramentos, total ou parcial, "da
pena temporal devida, para a justiça de Deus, pelos pecados que foram perdoados," ou seja, do
mal causado como consequência do pecado já perdoado. Uma indulgência oferece ao pecador
penitente meios para cumprir esta dívida durante sua vida na terra", reparando o mal que teria
sido cometido pelo pecado. As indulgências foram concedidas no início da Igreja Católica para
reduzir as penitências muito severas, desenvolvendo-se plenamente no século III.
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"indulgência", do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 20082013, http://www.priberam.pt/dlpo/indulgência [consultado em 13-03-2014].
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Em outras palavras [...] para a doutrina
católica, as indulgências são concedidas para
perdoar as penas temporais causadas pelo pecado,
ou seja, para reparar o mal causado como
consequência do pecado, através de boas obras,3
sendo que o pecado já foi perdoado pelo Sacramento
da Confissão.
[...] o final da Idade Média viu o crescimento
considerável de abusos relacionados a indulência,
tais como a livre venda de indulgências por
profissionais "perdoadores"”.
Figura 1: A venda de indulgências, Augsburg, 1530.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Indulgência
No espiritismo
O espiritismo vem ser o consolador que amplia a verdade libertadora e a consciência
humana com entendimentos diversos dos que outras doutrinas, mesmo as cristãs, traziam. A
palavra Indulgência ganha caráter de uma ação que busca perdoar, entender ou até mesmo não
fazer vistas aos propensos erros cometidos por outras pessoas.
Para o espiritismo estende o conceito do erro como ação que denota imaturidade moral,
demonstrando também que aquele que hoje julga ontem, em outra encarnação, pode ter
cometido o mesmo erro ou até mesmo um erro maior.
Citação de: O Evangelho segundo o espiritismo
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de
indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira
pedra” E.S.E.
Na Psicologia
A psicologia assevera que os erros que mais nos chamam atenção nos outros são
aqueles que trazemos em nós, no nosso subconsciente, na forma de arquétipos que querem
agir, mas que estão temporariamente contidos.
"Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo." Sigmund Freud.
Essa moderna observação da psicologia é importante chave para o autoconhecimento e
libertadora ferramenta de reconhecimento da nossa pequinês, nos conclamando a necessidade
de humildade e necessidade de indulgência para com todos.
Jesus conclamando a Indulgência
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
"Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem,
vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.” Mateus
7:1-2.
Muitas outas são as passagens nesse sentido.
“A disciplina é a parte mais importante do sucesso.” Truman Capote
Conclusão
A indulgência pode ser definida como bondade que desculpa o que é censurável ou
importuno.
No espiritismo buscamos mesmo ignorar o que é censurável e inoportuno.
No catolicismo a indulgência é uma oportunidade para o pecador penitente meios para
cumprir esta dívida durante sua vida na terra.
Na psicologia ser indulgente é preservar a nós mesmos de apontar nos outros os defeitos
que carregamos.
Pergunta Poderosa: Reflita, antes de se deitar e sem se deitar.
Como o conhecimento sobre a indulgência pode lhe tornar uma pessoa melhor?
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
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Dia 3 – A importância de ser Indulgente
Revisão
A indulgência pode ser definida como bondade que desculpa o que é censurável ou
importuno. No espiritismo buscamos mesmo ignorar e atenuar.
Na psicologia ser indulgente é preservar a nós mesmos de apontar nos outros os defeitos
que carregamos.
Citação O Homem de Bem
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de
indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira
pedra”.
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
— Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das
ofensas.
Comentário de Kardec: O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque
amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o
sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como irmãos”.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações
com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos
manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência, e nos proíbe humilhar o
infortúnio, ao contrário do que comumente se pratica. Se um rico nos procura, atendemo-lo com
excesso de consideração e atenção, mas se é um pobre, parece que não nos devemos incomodar
com ele. Quanto mais, entretanto, sua posição é lastimável, mais devemos temer aumentar-lhe
a desgraça pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus
próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.
COMO A INDULGENCIA LIBERA A CONSCIÊNCIA
Sabe o que significa as palavras de Jesus:
“NÃO JULGUEM, PARA QUE VOCÊS NÃO SEJAM JULGADOS. POIS DA MESMA FORMA QUE JULGAREM,
VOCÊS SERÃO JULGADOS; E A MEDIDA QUE USAREM, TAMBÉM SERÁ USADA PARA MEDIR VOCÊS.” MATEUS 7:1-2
Podemos deduzir da lei de causa e efeito que a cada momento em que agimos criamos
uma reação, se for uma ação negativa criamos uma expiação, quando julgamos alguém criamos
em nosso futuro uma ocasião propícia para nos sujeitarmos ao julgamento de outras pessoas, o
que não seria tão difícil se considerarmos que também possuímos aquele defeito que não
suportamos no outro.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Devido à lei de ação e reação sofreremos o mesmo julgamento que infringimos ao outro,
conforme nos asseverou Jesus ao dizer que com a mesma medida que julgarmos seremos
julgados.
Julgar alguém é escravizar nosso futuro a situações similares, muitas vezes dolorosas ou
vexatórias, requerendo de nós novas encarnações para expiar nossas faltas.
Ser indulgente é começar o processo de libertação da consciência desses ciclos
expiatórios que estamos nos impondo desnecessariamente.
“A disciplina é a chama refinadora através da qual o talento se transforma
em capacidade.” Roy Smith
Conclusão:
A indulgência junto a benevolência e o perdão das ofensas compõem a caridade e a
caridade nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência.
Ser indulgente é começar o processo de libertação da consciência desses ciclos
expiatórios que estamos nos impondo desnecessariamente.
Pergunta Poderosa: Reflita, antes de se deitar e sem se deitar.
Porque não se pode ser verdadeiramente caridoso sem ser indulgente?
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
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Dia 4 – Reflexões interiores
Revisão:
A indulgência junto a benevolência e o perdão das ofensas compõem a caridade e a
caridade nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência.
Ser indulgente é começar o processo de libertação da consciência desses ciclos
expiatórios que estamos nos impondo desnecessariamente.
919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de
resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
a) — Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está
precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha
consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum
dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. (...)
(...)Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com
que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância(...)”
Perguntas Poderosas:
Reconheça um momento em que não foi indulgente, um momento que nunca
tenha pensado antes, e pense como poderia ter agido diferente.
* Escreva um parágrafo dizendo a forma correta de se comportar nessa
situação. Isso ordenará suas ideias e lhe dará uma base para agir diferente quando o
problema voltar a ocorrer.
O texto de hoje traz a resposta da psicologia para a nossa falta de indulgência.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
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Projeção Freudiana
O ato de atribuir a uma outra pessoa,
animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou
intenções que se originam em si próprio, é
denominado projeção. É um mecanismo de
defesa através do qual os aspectos da
personalidade de um indivíduo são deslocados
de dentro deste para o meio externo.
A ameaça é tratada como se fosse uma
força externa. A pessoa com Projeção pode,
então, lidar com sentimentos reais, mas sem
admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é
dela mesma.
Figura 2: http://vituspassoadiante.blogspot.com.br
Alguém que afirma textualmente que "todos nós somos algo desonestos"
está, na realidade, tentando projetar nos demais suas próprias características.
Ou então, dizer que "todos os homens e mulheres querem apenas uma coisa,
sexo", pode refletir uma Projeção nos demais de estar pessoalmente pensando
muito a respeito de sexo. Outras vezes dizemos que "inexplicavelmente Fulano
não gosta de mim", quando na realidade sou eu quem não gosta do Fulano
gratuitamente.
Sempre que caracterizamos algo de fora de nós como sendo mau,
perigoso, pervertido, imoral e assim por diante, sem reconhecermos que essas
características podem também ser verdadeiras para nós, é provável que
estejamos projetando.
Pesquisas relativas à dinâmica do preconceito mostraram que as pessoas
que tendem a estereotipar outras também revelam pouca percepção de seus
próprios sentimentos. As pessoas que negam ter um determinado traço
específico de personalidade são sempre mais críticas em relação a este traço
quando o vêem nos outros.
"Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo." Sigmund Freud.
Fonte: Referência Ballone GJ - Alfred Adler, in. PsiqWeb, internet, disponível em
http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005
Conclusão:
Vimos que a resposta da psicologia para a nossa falta de indulgência é a projeção
freudiana, o ato de apontar fora de nós os problemas que carregamos, exemplificado na
seguinte frase de Freud.
"Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo." Sigmund Freud.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
“As conquistas dependem de 50% de inspiração, criatividade e sonhos, e
50% de disciplina, trabalho árduo e determinação. São duas pernas que
devem caminhar juntas. “ Augusto Cury
--- Caso queira, deixe a próxima leitura para fazer apenas a noite ---
Todos os defeitos dos outros seres humanos do nosso planeta nós
também podemos cometer. SOMOS TODOS IGUAIS.
Vou confiar no material presente em minha alma para e o amparo
espiritual para desenvolver um pouco o tema, lembrando aqui que esse curso é
para espíritas. Caso você não conheça os conceitos eu sugiro que leia na
codificação feita por Allan Kardec, principalmente na Gênese e no Evangelho de
Jesus os temas aqui relacionados.
Jesus nos diz que há várias moradas na casa de Seu Pai, essa informação
tem várias implicações. O espiritismo nos revela que no mundo espiritual existem
espíritos em diferentes estágios de progresso moral e que quando
desencarnados essa moralidade ou falta dela nos confere uma diferente
localização e vínculo como morada.
Essas moradas podem ser regiões de dor e sofrimento, ou colônias
socorristas como a que é relatada no livro Missionários da Luz do espírito de
Andre Luiz, colônias que interligam o umbral com locais mais elevados como é
o caso da colônia Nosso Lar, também relatada por André Luiz, colônias de
estudo como A Casa do Escritor, relatada pelo espírito Patrícia, e tantas outras
desconhecidas em graus crescentes de moralidade.
Embora essa divisão pareça diferenciar os espíritos em grande grau,
existe outra diferenciação ou se preferir outro agrupamento que reúne os
espíritos semelhantes, esse agrupamento é o mundo em que os espíritos
habitam, sendo classificados em cinco tipos de mundos habitados:
1.
2.
3.
4.
5.
Mundos primitivos.
Mundos de Prova e Expiações.
Mundos de Regeneração.
Mundos Felizes.
Mundos Celestes ou Divinos.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Dentro dessa classificação os espíritos se assemelham moralmente, de
forma que nos mundos primitivos todos os habitantes que não são missionários
possuem uma moral muito embrionária e nos mundos celestes ou divinos a moral
e tão elevada que nós encarnados na Terra não temos ideia do quanto ela é
elevada em relação a nós.
A Terra é um mundo que está quase deixando de ser um mundo de prova
e expiações para se tornar um mundo de regeneração, o que significa que todos
que ainda estão aqui possuem todas as possibilidades de cometer mazelas
morais que espíritos de um mundo de provas e expiações cometeriam.
Da mesma forma, também não temos a capacidade de sermos tão
virtuosos como espíritos de mundos felizes, sendo essa uma tarefa que teremos
que desenvolver.
Essa reflexão tem o objetivo de lhe chamar a atenção para o fato de que
estamos dentro de um limite moral, por padrão, embora por deliberação
consigamos ser mais ruins ou mais virtuosos que o padrão, em algum momento.
Em um conjunto subdividido em cinco partes, moralmente nos movemos
entre a segunda e a terceira partes, respectivamente mundos de prova e
expiações e mundos de regeneração. Essa condição nos indica que moralmente
não somos melhores que outros seres que estão nesse mesmo conjunto ou
mesmo mundo, se fossemos estaríamos em mundos superiores.
Podemos concluir que aquele a quem desprezamos, condenamos,
criticamos, não são tão diferentes de nós e que nós mesmos em algum
momento, conforme a vida que tivéssemos tido, a criação que tivéssemos tido,
as companhias que tivéssemos durante a vida, poderíamos estar nos
comportando exatamente da mesma forma daqueles que excluímos.
As forças do nosso inconscientes, buscando agir no mundo nessa vida
mas sendo impedidas por nós, se fazem presentes ao se tornarem perceptivas
no outro, conforme a Projeção Freudiana nos explica e o defeito ou problema
que mais condenamos no outro é também um problema que nós mesmos
podemos ter.
Pergunta Poderosa antes de se deitar
1) Pense em uma atitude de que você não suporta ou condena em alguém, busque uma atitude
ou pessoa numa atitude que reprova e que você nunca tenha pensado antes.
2) Agora aceite que você, em alguma circunstância que a vida tivesse te levado, também poderia
agir assim. Descubra um momento em que você tenha agido ou tenha tido vontade de ter agido
como essa pessoa. Estará conhecendo parte de seu inconsciente se tornando mais consciente.
3) Agora justifique para si o motivo pelo qual não agiria dessa forma hoje e imagine como seria
a forma correta de agir.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Dia 5 – Porque existe a dificuldade de ser Indulgente
Revisão:
Como a evolução intelectual pode auxiliar a evolução moral do homem?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O
desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade
dos atos.”
Qual o meio de conseguir conhecer-se a si mesmo?
“(...) ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e
perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim
se queixar. (...)
(...)Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com
que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância(...)”
Pela psicologia, vimos que a resposta da psicologia para a nossa falta de indulgência é a
projeção freudiana, o ato de apontar fora de nós os problemas que carregamos, exemplificado
na seguinte frase de Freud.
"Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo." Sigmund Freud.
Podemos concluir que aqueles a quem desprezamos, condenamos, criticamos, não são
tão diferentes de nós e que nós mesmos em algum momento, conforme a vida que tivéssemos
tido, a criação que tivéssemos tido, as companhias que tivéssemos durante a vida, poderíamos
estar nos comportando exatamente da mesma forma daqueles que excluímos.
Pergunta Poderosa:
O que mudou na sua percepção sobre a necessidade de indulgência e sua percepção
quanto ao comportamento ser ou não ser indulgente durante os dias de treinamento?
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Vamos exibir o artigo criado por Breno Costa no site http://avidanomundoespiritual.com.br.
Reprogramação de nosso inconsciente – Análise crítica dos estímulos
recebidos
A revista “Galileu” de abril de 20133 trouxe
significativa pesquisa sobre nossa mente. Ela ajuda
compreender a dificuldade que possuímos para fazer a
reforma íntima.
A capa da revista é “Você não decide; cientistas
dizem que livre-arbítrio não existe, uma parte do cérebro fora
do seu controle é quem escolhe por você”.
Trata-se de um estudo científico sobre o funcionamento
de nosso cérebro.
O mapeamento do cérebro demonstrou que as
decisões são tomadas inicialmente pelo inconsciente para
depois vir para o consciente. Este intervalo pode durar até 7
(sete) segundos.
Figura 3:
http://revistagalileu.globo.com/Image
Show/0,,233651,00.jpg
Com isso, a decisão é tomada de forma automática
pelo seu inconsciente e você passa a interpretar esta
decisão, justificando-a como algo que tem que fazer.
Os cientistas que fizeram esta pesquisa explicaram que o “cérebro possui uma
programação que mistura herança genética e experiências vividas”.
“Quando você nasce, seu cérebro (como um hardware) vem com uma programação
genética que foi assimilada por gerações anteriores. Instintos e reações, como sobrevivência ou
medo, estão instalados ali, de fábrica. Conforme você se desenvolve, aprende a copiar o
comportamento de pessoas próximas, como seus pais, ou passa a assimilar as melhores formas
de fazer as coisas na base da tentativa e erro”.
Ora, vamos trazer estas informações para nossos estudos, para o Espiritismo.
O princípio espiritual passa por milhares de milênios aprendendo por meio da repetição,
automatismo, reflexos, dando origem ao instinto. Depois, milhares de milênios são necessários
para que o princípio espiritual adquira pensamento continuado, torna-se Humano e, aos poucos,
deixe os instintos para utilizar a racionalidade.
Como sabemos, a nossa luta é para fazer a reforma íntima, largando a animalidade
inferior, ou seja, os instintos, fazendo com que a consciência/razão se desenvolva. Assim, no
nosso atual estágio, é natural recebermos o comando do inconsciente relacionado aos nossos
hábitos condicionados ao longo das reencarnações passadas.
Ao estudar a reencarnação, vimos que o espírito, por meio do seu campo mental,
seleciona os cromossomos dos pais para dar formação ao corpo físico, incluindo os genes
3
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI328597-17770,00A+CIENCIA+DIZ+O+LIVRE+ARBITRIO+E+UMA+ILUSAO+E+ISSO+NAO+E+NECESSARIAMENTE+RU.html
(Você se prepara inconscientemente pra fazer algo bem antes de sequer se dar conta que está fazendo
isso) Centro Bernstein de Neurociência Computacional
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
responsáveis pela memória e características próprias. Nesse sentido, o cérebro é criado e
desenvolvido com os vícios e virtudes de existências passadas. Essas nossas experiências (grau
de evolução) são o que alimentam diariamente nosso inconsciente, que, conforme descoberto
pelos cientistas, decide o que vamos fazer automaticamente (automatismo, citado por André Luiz
no livro “Evolução em Dois Mundos”).
Isso explica a dificuldade da reforma íntima e, sabendo disso, fortalece
nosso esforço para vigiar nossa mente.
Como sabemos, junto com tudo isso, temos ainda a influência dos espíritos. Ou seja, seu
inconsciente, influenciado pelos espíritos, determina um ato que o consciente vai interpretar e
tentar justificar para praticar!
O conhecimento deste fato é importante para lembrar do que nós decidimos fazer no
dia a dia, como pessoas (por exemplo, largar um vício), ao analisar as sugestões vindas do seu
cérebro/inconsciente e não justificá-las simplesmente, praticando o ato sugerido.
Para facilitar a compreensão: imaginemos uma pessoa em regime. Ela decidiu que a
partir de tal dia não come mais doce. Porém, ela possui o hábito de comer doces. Assim, seu
inconsciente vai determinar o consumo antes mesmo que ela perceba e o que ocorre
normalmente é ela justificar esta decisão do seu inconsciente. Quando, na verdade, deveria
receber o estímulo, pensar a respeito e resistir.
E isso ocorre com todos os vícios. Alguém resolver parar de beber cerveja. Em razão de
seus hábitos e influência de espíritos inferiores, seu inconsciente requererá que consuma. Veja,
seu hábito vai decidir por beber (leia-se o inconsciente). Deve-se não justificar a sugestão e sim
ir contra, porque, na realidade não é o que você quer, trata-se de um estímulo em razão do
hábito que programou seu inconsciente.
Essa programação pode se referir a vidas, séculos, milênios, por isso é tão difícil.
Aqui, entra o que estudamos sobre o hábito angular outros dias.
Como visto, em outro estudo científico, foi descoberto que as pessoas que conseguiram
realizar grandes mudanças em suas vidas, iniciaram com a mudança de um hábito que
alavancou os demais, denominando este hábito de angular.
Para este outro estudo, a partir do momento em que a pessoa decidia adotar
determinada conduta diferente em sua vida, acionava a mente para que estivesse alerta, o que
facilitava outras mudanças, evitando o efeito “automático”, ou seja, agir sem realmente pensar a
respeito, apenas aceitando o estímulo.
Estes dois estudos ajudam no entendimento da complexidade da reforma íntima. Explica
porque é tão difícil alterar nossos hábitos, tornando-nos pessoas melhores.
Agora sabemos que o hábito determina uma programação em nossa mente e que nosso
inconsciente, respeitando esta programação, decide antes do consciente, sendo que este (o
consciente), na maioria das vezes, tenta apenas justificar a decisão já tomada.
Como visto, esta dificuldade é grande e envolve uma efetiva vigília do que nós estamos
pensando e, principalmente, dos atos a serem praticados.
Muitas vezes, nossos pensamentos serão criados de forma automática, pelo nosso
inconsciente; não devemos apenas justificá-lo e praticar o ato, devemos lembrar daquilo que nós
nos propomos a mudar e aí agir somente conforme deve ser correto.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Claro que não se trata de tarefa fácil, exige perseverança, lembrando que, da mesma
forma que programamos nosso inconsciente/mente para vícios e hábitos ruins, podemos
programá-lo para o Bem.
Assim como, mantendo bons pensamentos, receberemos orientações dos amigos
espirituais, aqui incluído nosso mentor espiritual (anjo da guarda).
É para isso que servem os exercícios mentais e práticas edificantes. Trata-se de uma
reprogramação da mente; com isso, aos poucos, além de alterarmos a vibração mental de nossa
mente (o que possui importância na visão espiritual), modificamos a programação de nosso
inconsciente que passa a decidir antes do consciente para o lado do Bem.
“O preço da excelência é a disciplina. O custo da mediocridade é a
decepção.” William Arthur Ward
Resumo:
a) Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O
desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade
dos atos.”
b) Porque é difícil mudar?
Estudo científico demonstrou que as decisões são tomadas inicialmente pelo inconsciente para
depois vir para o consciente. É natural recebermos o comando do inconsciente relacionado aos
nossos hábitos condicionados ao longo das reencarnações passadas.
c) Como podemos mudar?
O conhecimento deste fato é importante para lembrarmos que devemos permanecer firmes
sobre o que nós decidimos fazer da nossa vida. Se por exemplo decidimos fazer um regime e
uma grande vontade de comer doces nos chega, devemos analisar essa sugestão vinda de nosso
subconsciente e ao invés de justifica-la e comer doces devemos entende-la e manter a firmeza
de nossa decisão, não comendo os doces.
Pergunta Poderosa: Antes de Deitar
De 0 a 100, qual o seu grau de comprometimento em se tornar uma pessoa indulgente.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Dia 6 – Oportunidade de renovação (Reencarnação)
Revisão:
a) Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O
desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade
dos atos.”
b) Porque é difícil mudar?
Estudo científico demonstrou que as decisões são tomadas inicialmente pelo inconsciente para
depois vir para o consciente. É natural recebermos o comando do inconsciente relacionado aos
nossos hábitos condicionados ao longo das reencarnações passadas.
c) Como podemos mudar?
O conhecimento deste fato é importante para lembrar do que nós decidimos fazer no dia a dia,
como pessoas (por exemplo, largar um vício), ao analisar as sugestões vindas do seu
cérebro/inconsciente e não justificá-las simplesmente, praticando o ato sugerido. A partir do
momento em que a pessoa decidia adotar determinada conduta diferente em sua vida, acionava
a mente para que estivesse alerta, o que facilitava outras mudanças, evitando o efeito
“automático”.
910. Pode o homem achar nos Espíritos eficaz assistência para triunfar de suas paixões?
“Se o pedir a Deus e ao seu bom gênio, com sinceridade, os bons Espíritos lhe virão
certamente em auxílio, porquanto é essa a missão deles.” (459) L.E. KARDEC
Pergunta Poderosa: reflita e escreva.
Porque a reforma íntima é tão difícil? Reflita sobre o que aprendeu ontem justificando.
Sugestão de música: Vaso Escolhido, Tim e Vanessa.
Vejamos agora uma lição que nos mostra que a nossa vida é, em muitos casos, chance
de abandonar áreas de dor e sofrimento onde vive grande parte da população desencarnada
da terra, sem remorsos, sem lembranças, sem muitas mazelas que carregávamos.
Ante a indulgência divina
/* Chance de recomeçar, perdão e auto perdão
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Induzidos à intemperança mental, a explodir dentro de nós por vulcão de loucura,
meditemos na Indulgência Divina, para que não venhamos a cair nos desajustes da
intolerância.
Achávamo-nos, ontem, desarvorados e oprimidos no torvelinho das trevas.
O Senhor, porém, nos concedeu novo dia para recomeçar a grande ascensão à
luz.
Estávamos paralíticos na recapitulação incessante de nossos desequilíbrios.
Restituiu-nos a faculdade do movimento com os pés e as mãos livres para o
reequilíbrio que nos compete.
Sofríamos desilusão e cegueira.
Reformou-nos a esperança e a visão com que assimilamos as novas
experiências.
Jazíamos desassisados na sombra.
Reconduziu-nos à posse da integridade espiritual.
Padecíamos a desesperação a desgovernar-nos o verbo, através de atitudes
blasfematórias.
Investiu-nos, de novo, com o poder de falar acertadamente.
Vitimava-nos a surdez, nascida de nossa rebelião perante a Lei.
Dotou-nos de abençoados ouvidos com que possamos assinalar as novas lições
do socorro espiritual.
Procedíamos à conta de infelizes alienados, nas regiões inferiores,
materializando em torno de nós as telas dos próprios erros e eternizando assim, o
contato com os desafetos de nossa própria vida.
Concedeu-nos, porém, a Divina Bondade a bênção do lar e da provação, da
responsabilidade e do trabalho em comum, nos quais tornamos à associação com os
nossos adversários do pretérito para convertê-los, ao sol do amor, em laços de elevação
para o futuro.
Não olvides a tolerância de Jesus, o nosso Eterno Amigo, que nos suporta há
milênios, amparando-nos o coração, através de mil modos, em cada passo do dia, e por
gratidão a Ele que não vacilou em aceitar a própria cruz para testemunhar-nos
benevolência, sejamos aprendizes autênticos da fraternidade, porquanto somente no
perdão incondicional de nossas faltas recíprocas, conseguiremos atender-lhe ao apelo
inolvidável: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo)
Emmanuel
Quando formos perder a paciência pensemos em Jesus que há milênios tem nos dado
suporte de mil modos, encarnando e sofrendo para nos ensinar o caminho da elevação.
Antes de renascermos muitos de nós estávamos em zonas de lamentações e
sofrimentos, com adversários e a consciência a nos cobrar nosso erros. A bondade divina nos
deu mais uma vez a chance de recomeçar e fazer diferente.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
A indulgência é o primeiro passo para a tolerância a tolerância é o primeiro passo para
o perdão. Emmanuel nos diz que somente aprendendo a sermos indulgentes e perdoando
incondicionalmente conseguiremos um dia mar ao próximo como Jesus nos amou.
“A persistência é o menor caminho do êxito.” Charles Chaplin
Conclusão: Antes de renascermos muitos de nós estávamos em zonas de lamentações e
sofrimentos, com adversários e a consciência a nos cobrar nosso erros. A indulgência divina
nos deu mais uma vez a chance de recomeçar e fazer diferente.
Pergunta Poderosa: Antes de deixar, reflita.
Porque acredito que é importante para eu ser Indulgente?
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Dia 7 – O que Jesus disse sobre Indulgencia.
Revisão: Antes de renascermos muitos de nós estávamos em zonas de lamentações e
sofrimentos, com adversários e a consciência a nos cobrar nosso erros. A indulgência divina
nos deu mais uma vez a chance de recomeçar e fazer diferente.
Vamos incluir aqui, como pano de fundo, a parábola do Bom Samaritano, afim de que a
mesma sirva de pano de fundo para a mensagem que Emmanuel nos trouxe posteriormente.
“25. Levantando-se um doutor da lei,
experimentou-o, dizendo: Mestre, que farei para
herdar a vida eterna? 26. Respondeu-lhe Jesus:
Que é o que está escrito na Lei? como lês tu? 27.
Respondeu ele: Amarás ao Senhor teu Deus de
todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda a
tua força e de todo o teu entendimento, e ao teu
próximo como a ti mesmo. 28. Replicou-lhe
Jesus: Respondeste bem; faze isso, e viverás. 29.
Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a
Jesus: E quem é o meu próximo? 30.
Prosseguindo Jesus, disse: Um homem descia de
Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de
salteadores que, depois de o despirem e
espancarem, se retiraram, deixando-o meio
morto. 31. Por uma coincidência descia por
aquele caminho um sacerdote; quando o viu,
passou de largo. 32. Do mesmo modo também
um levita, chegando ao lugar e vendo-o, passou
Figura 4: "O Bom Samaritano", pintura de
de largo. 33. Um samaritano, porém, que ia de
George Frederic Watts (1904).
viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o,
teve compaixão dele. 34. Chegando-se, atou-lhe
as feridas, deitando nelas azeite e vinho e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma
hospedaria e tratou-o. 35. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e
disse: Trata-o e quanto gastares de mais, na volta eu te pagarei. 36. Qual destes três te
parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? 37. Respondeu o
doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe Jesus: Vai-te, e
faze tu o mesmo."
– S:Tradução Brasileira da Bíblia/Lucas/X
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
MISERICÓRDIA SEMPRE
Conta-se que JESUS, após haver lançado a
parábola do Bom Samaritano. entraram os apóstolos
no exame da conduta dos personagens da narrativa.
E
porque
traçassem
fulminativas
reprovações, em torno de alguns deles, o CRISTO
prosseguiu no ensinamento para lá do contato
público:
_"Em verdade , - acentuou o MESTRE, referindo-nos ao próximo, ante as indagações do
doutor da Lei, à frente do povo, a lição de misericórdia tem raízes profundas.
Figura 5: Rembrandt
Quem passasse irradiando amor na estrada, onde o viajante generoso testemunhou a
solidariedade, encontraria mais amplos motivos para compreender e auxiliar.
Além do homem ferido e arrojado ao pó, claramente necessitado de socorro, teria
cuidado de apiedar-se do sacerdote e do levita, mergulhados na obsessão do egoísmo e
carecentes de compaixão; simpatizar-se-ia com o hoteleiro, endereçando-lhe pensamentos de
bondade que o sustentassem no exercício da profissão; compadecer-se-ia dos malfeitores,
orando por eles, a fim de que se refizessem, perante as leis da vida, e, tanto quanto possível
ampararia a vítima dos ladrões, estendendo igualmente mãos operosas e amigas ao samaritano
da caridade, para que se lhe não esmorecessem as energias nas tarefas do bem.
E adiante dos companheiros surpreendidos, o Mestre rematou:
_"Para DEUS, todo somos filhos abençoados e eternos, mas enquanto a misericórdia
não se nos fixar nos domínios do coração, em verdade, não teremos atingido o caminho da PAZ
e o REINO DE AMOR."
Emmanuel
Na parábola do bom samaritano Jesus demonstrou qual a maneira correta de agir,
considerando a necessidade do próximo, fazendo o possível por ele, sem se importar com quem
ele é ou com os erros que ele cometeu.
Posteriormente, junto aos apóstolos, longe da multidão, Jesus deu a verdadeira lição de
indulgência. Enquanto os apóstolos se dedicavam a apontar os erros dos outros personagens da
parábola Jesus demonstrou que ao invés de dedicarmos a criticar os erros alheios devemos nos
lembrar que todos os que erram nossos irmãos com dificuldades próprias, que devemos auxiliar
com as preces os que caem no erro e sustentar com ações os trabalhadores da caridade.
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
Conclusão: Somos filhos abençoados de Deus, mas enquanto não formos indulgentes com os
outros não atingiremos o caminho da PAZ.
Disciplina é a ponte entre metas e realizações.
Jim Rohn
Pergunte Poderosa: Porque estou comprometido em ser Indulgente?
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frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
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Dia 8 – Resumo
Conclusões do Treinamento de Indulgência
A indulgência é parte da caridade e jamais se preocupa com os maus atos alheios,
a menos que seja para prestar um serviço, de forma que devemos passar a julgar os
nossos próprios corações, os nossos próprios pensamentos e os nossos próprios atos,
sem nos ocuparmos do que fazem os nossos irmãos, visto que mesmo aquele que julga
em última instância desculpa frequentemente as faltas que condenamos, ou condena
as que desculpamos.
A indulgência pode ser definida como bondade que desculpa o que é censurável
ou importuno, no espiritismo buscamos mesmo ignorar o que é censurável e
inoportuno. Na psicologia ser indulgente é preservar a nós mesmos de apontar nos
outros os defeitos que nós também carregamos.
A indulgência junto a benevolência e o perdão das ofensas compõem a caridade
e a caridade nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência. Ser
indulgente é começar o processo de libertação da consciência de ciclos de dor que
estamos nos impondo desnecessariamente.
Conhecimento e autoconhecimento
Para conseguirmos prosseguir nossa caminhada e aprendermos a ser
indulgentes, recebemos auxílio dos irmãos que nos precederem nos ensinando o
caminho e nos fazendo evoluir intelectualmente. A evolução intelectual pode auxiliar a
evolução moral do homem à medida que nos faz compreender o bem e o mal, nos
permitindo escolher.
Além do crescimento intelectual é necessário que desenvolvamos o
conhecimento de nós mesmo. Santo Agostinho revelou que utilizava como técnica de
autoconhecimento, interrogar a própria consciência, passando em revista o que fizera e
se perguntando se não faltara a algum dever, se ninguém tinha o que se queixar dele.
Como ele mesmo disse, ele se dirigia perguntas interrogando a sua consciência sobre o
que tinha feito.
Além de buscar compreender o que fez Santo Agostinho se perguntava também
qual era o objetivo da sua ação, sem se justificar, pois muitas vezes nós nos justificamos
escondendo de nós mesmos as nossas verdadeiras intenções.
Diante da necessidade imperiosa de nos conhecermos para evoluirmos
contamos também com a ferramenta psicológica. A psicologia uma defesa do nosso ego
é a chamada projeção freudiana, um ato de apontar fora de nós os problemas que
carregamos. Apontar em outro, projetar em outro nossos defeitos. Para Sigmund Freud
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC
Treinamento da virtude Indulgência
essa projeção era tão forte e verdadeira que ele disse que "Quando Pedro me fala sobre
Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo", se referindo assim a projeção.
Uma outra conclusão que nos auxilia a nos conhecer, agora porém como grupo,
é que nós podemos concluir que aqueles a quem desprezamos, condenamos, criticamos,
não são tão diferentes de nós e que nós mesmos em algum momento, conforme a vida
que tivéssemos tido, a criação que tivéssemos tido, as companhias que tivéssemos
durante a vida, poderíamos estar nos comportando exatamente da mesma forma
daqueles que excluímos.
Podemos ser indulgentes
Um estudo científico de 1960 demonstrou que as nossas decisões são tomadas
inicialmente pelo inconsciente para depois vir para ao consciente, sendo assim, é natural
recebermos o comando do inconsciente relacionado aos nossos hábitos condicionados
ao longo das reencarnações passadas.
O conhecimento deste fato é importante para lembrarmos que devemos
permanecer firmes sobre o que nós decidimos fazer da nossa vida. Se por exemplo
decidimos fazer um regime e uma grande vontade de comer doces nos chega, devemos
analisar essa sugestão vinda de nosso subconsciente e ao invés de justifica-la e comer
doces devemos entende-la e manter a firmeza de nossa decisão, não comendo os doces.
Defina desde já como agirá quando o desejo de errar lhe vier a mente e aja
conforme sabe que é certo.
Lembremo-nos que antes de renascermos muitos de nós estávamos em zonas
de lamentações e sofrimentos, lutando contra adversários e contra a nossa própria
consciência de culta, a nos cobrar nosso erros. A indulgência divina nos deu mais uma
vez a chance de recomeçar e fazer diferente. Não desperdicemos essa chance, sermos
indulgentes é importante etapa do caminho de PAZ.
Somos filhos abençoados de Deus, mas enquanto não formos indulgentes com
os outros não atingiremos o caminho da PAZ.
...disciplina é liberdade... Renato Russo
O treinamento continua na senda etapa...
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909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e,
frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre
vós fazem esforços!” L.E. KARDEC