MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS DE TUBERCULOSE PARA AS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS
DE TUBERCULOSE PARA AS
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
Epidemiologia, quadro clínico e
diagnóstico da tuberculose.
O CONTROLE DA TUBERCULOSE
PRIORIDADE NACIONAL
• A tuberculose é um problema de
saúde prioritário no Brasil, que
juntamente com outros 21 países
em desenvolvimento, albergam
80% dos casos mundiais da
doença.
• No Brasil estima-se que ocorram
129.000 casos por ano
• São notificados cerca de 90.000
casos por ano.
• Em 1998 o coeficiente de
mortalidade foi de 3,5 por
100.000 habitantes.
AÇÕES PARA O CONTROLE DA
TUBERCULOSE NO BRASIL
• Ações de Controle:
– Diagnosticar pelo menos 90%
dos casos esperados;
– Curar pelo menos 85% dos
casos diagnosticados;
– Expansão das ações de
controle para 100% dos
municípios;
– Estimular a notificação pelo
Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (SINAN).
ATRIBUIÇÕES DAS UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE PARA O
CONTROLE DA TUBERCULOSE
• Identificar os
sintomáticos
respiratórios.
• Fazer o diagnóstico
de tuberculose.
• Tratar e
acompanhar os
doentes até a alta.
ATRIBUIÇÕES DAS UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE PARA O
CONTROLE DA TUBERCULOSE
– Identificar crianças com manifestações clínicas
sugestivas de tuberculose e encaminhá-las a uma
Unidade de Referência para investigação e
confirmação do diagnóstico.
– Acompanhar e tratar os casos com diagnóstico
confirmado.
– Coletar material para a pesquisa direta de BAAR no
escarro. Caso a unidade básica de saúde não possua
laboratório, identificar um laboratório de referência e
estabelecer um fluxo de envio do material.
– Dispor de estoque de medicamentos para os doentes
em tratamento.
ATRIBUIÇÕES DAS UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE PARA O
CONTROLE DA TUBERCULOSE
• Preencher o Livro de Registro do Doente com
informações acerca do seu acompanhamento,
baciloscopias e critério de alta.
• Realizar trimestralmente estudo de coorte dos
casos acompanhados para a análise do
resultado do tratamento.
• Realizar a prova tuberculínica.
• Solicitar o exame sorológico anti-HIV para os
doentes com diagnóstico confirmado de
tuberculose.
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
•
•
•
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um
microorganismo denominado Mycobacterium tuberculosis
A transmissão ocorre através do ar, por meio de gotículas contendo os
bacilos expelidos por um doente ao tossir, espirrar ou falar em voz alta.
Quando estas gotículas são inaladas por pessoas sadias, provocam a
infecção tuberculosa e o risco de desenvolver a doença.
A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa através do ar.
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
• A propagação da
tuberculose está
intimamente ligada
às condições de vida
da população.
• Sua prevalência é
maior nas periferias
das grandes
cidades.
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
• A infecção pelo bacilo da tuberculose pode
ocorrer em qualquer idade.
• Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da
tuberculose se tornam infectadas.
• A probabilidade que a TB seja transmitida
depende de alguns fatores:
• Da contagiosidade do caso índice (doente
bacilífero fonte da infecção);
• Do tipo de ambiente onde a exposição ocorreu;
• Da duração da exposição.
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
• Quando as gotículas inaladas, contendo
os bacilos de Koch atingem os alvéolos,
a infecção pode se iniciar.
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
• Os bacilos multiplicam-se nos alvéolos e um
pequeno número entra na circulação sangüínea
disseminando-se por todo o corpo.
• Dentro de 2 a 10 semanas, no entanto, o sistema
imune usualmente intervém, impedindo que os
bacilos continuem a se multiplicar e prevenindo
disseminação posterior.
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
Granuloma tuberculoso
• A infecção tuberculosa, sem
doença, significa que os bacilos
estão no corpo da pessoa, mas o
sistema imune está mantendo-os
sob controle.
• O sistema imune faz isto
produzindo células chamadas
macrófagos que fagocitam os
bacilos e formam uma “barreira”,
o granuloma que mantêm os
bacilos sob controle.
• A infecção tuberculosa é
detectada apenas pela prova
tuberculínica
• As pessoas infectadas e que não
estão doentes não transmitem o
bacilo.
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
• Quando infectada, a pessoa pode desenvolver
tuberculose doença em qualquer fase da vida.
• Isto acontece quando o sistema imune não pode mais
manter os bacilos “sob controle” e eles se multiplicam
rapidamente.
Órgãos mais freqüentemente acometidos pela tuberculose doença
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E
QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA
• 10% das pessoas infectadas adoecem, metade
durante os 2 primeiros anos após a infecção e a
outra metade ao longo da vida.
• O risco de progressão da infecção para a doença
aumenta na presença de situações que debilitem o
sistema imunológico da pessoa, como, por exemplo:
–
–
–
–
–
Diabetes Mellitus (DM);
Infecção pelo HIV;
Tratamento prolongado com corticosteroídes;
Terapia imunossupressora;
Doenças renais crônicas, entre outras.
A PROCURA DE CASOS DE
TUBERCULOSE
• Quanto maior o número de
Unidades Básicas de Saúde
(UBS) e de equipes do PSF
desenvolvendo as ações de
controle da tuberculose:
– maior abrangência da procura de
sintomáticos respiratórios
– mais rápido o início do tratamento
– mais adequada a supervisão direta
do tratamento
– maior a garantia de cura do doente
– mais rápida e eficaz a interrupção
da transmissão da doença.
A PROCURA DE CASOS DE
TUBERCULOSE
• Grupos com maior
probabilidade de apresentar
tuberculose:
– Os sintomáticos respiratórios;
– Contatos de casos de tuberculose;
– Residentes em comunidades
fechadas;
– Etilistas, usuários de drogas e
mendigos
– Imunodeprimidos
– Profissionais da área de Saúde em
situações especiais.
– Suspeitos radiológicos
A ORGANIZAÇÃO DA BUSCA DE
CASOS NA COMUNIDADE
• As equipes do PSF, os agentes
comunitários de saúde e os
profissionais de saúde da
vigilância epidemiológica
devem mobilizar a
comunidade para identificar os
“tossidores crônicos” em:
–
–
–
–
famílias
clubes e associações
igrejas
comunidades fechadas
(presídios, manicômios, asilos,
etc.)
• Encaminhá-los para fazer
exame de escarro.
DEFINIÇÃO DE CASO DE
TUBERCULOSE
• Denomina-se “caso de tuberculose” em
atividade, todo indivíduo com diagnóstico
confirmado por baciloscopia ou cultura e
aquele em que o médico, com base nos dados
clínico-epidemiológicos e no resultado de
exames complementares, firma o diagnóstico
de tuberculose.
• “Caso novo” é o doente com tuberculose que:
– Nunca se submeteu à tratamento;
– Fez uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias;
– Fez tratamento para tuberculose há 5 anos ou mais.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A história clínica:
– Ter tido contato, intradomiciliar ou não, com uma
pessoa com tuberculose;
– Apresentar sintomas e sinais sugestivos de tuberculose
pulmonar;
– Tosse seca ou produtiva, febre vespertina, perda de
peso, sudorese noturna, dor torácica, dispnéia e
astenia.
– História de tratamento anterior para tuberculose;
– Presença de fatores de risco para o desenvolvimento
da TB doença (Diabetes Mellitus, infecção pelo HIV,
Câncer, etilismo)
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Exame bacteriológico:
– Permite descobrir as
fontes mais importantes
de infecção – os casos
bacilíferos.
– Permite detectar de 70 a
80% dos casos de
tuberculose pulmonar
em uma comunidade.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A baciloscopia direta do escarro deve sempre ser solicitada
para:
– pacientes que procurem o serviço de saúde por apresentarem
queixas respiratórias ou qualquer outro motivo, mas que,
espontaneamente ou em resposta ao profissional de saúde,
informem ter tosse e expectoração por três ou mais semanas;
– pacientes que apresentem alterações pulmonares na radiografia de
tórax;
– contatos de casos de tuberculose pulmonar bacilíferos.
• Recomenda-se para o diagnóstico a coleta de duas amostras
de escarro:
– Uma por ocasião da primeira consulta;
– A segunda, independente do resultado da primeira, na manhã do
dia seguinte ao despertar.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Coleta do escarro:
– A coleta, conservação e transporte do escarro é de
responsabilidade do auxiliar de enfermagem da UBS,
sendo:
• Primeira amostra: coletada quando o sintomático
respiratório procura o atendimento na unidade de saúde,
para aproveitar a presença dele e garantir a realização
do exame laboratorial. Não é necessário estar em jejum;
• Segunda amostra: coletada na manhã do dia seguinte,
assim que o paciente despertar. Esta amostra, em geral,
tem uma quantidade maior de bacilos porque é
composta da secreção acumulada na árvore brônquica
por toda a noite.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Coleta do escarro
– Procedimentos:
• Entregar o recipiente ao paciente, verificando se a
tampa do pote fecha bem e se já está devidamente
identificado (nome do paciente e a data da coleta no
corpo do pote);
• Orientar o paciente quanto ao procedimento de
coleta;
• informar que o pote deve ser tampado e colocado em
um saco plástico com a tampa para cima, cuidando
para que permaneça nessa posição;
• orientar o paciente a lavar as mãos após este
procedimento.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Coleta do escarro
• Qualidade e quantidade da
amostra
– Uma boa amostra de escarro é que
provém da arvore brônquica,
devendo ter um volume
compreendido entre 5 e 10 ml.
– A identificação (nome do paciente e
data da coleta) deve ser feita no
corpo do pote e nunca na tampa,
utilizando-se, para tal, fita gomada ou
caneta para retroprojetor.
Recipiente para coleta de escarro
para exame bacteriológico
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Coleta do escarro
• Local da coleta
– As amostras devem ser coletadas em local aberto de
preferência ao ar livre ou em sala bem arejada.
• Conservação e transporte
– As amostras clínicas devem ser, preferencialmente, enviadas
e processadas no laboratório imediatamente após a coleta.
Para aquelas amostras coletadas fora da unidade de saúde,
esta deverá recebê-la em qualquer hora de seu período de
funcionamento e conservá-la, se possível, sob refrigeração
até o seu processamento. Para o transporte de amostras
deve-se considerar duas condições importantes:
• proteção contra a luz solar;
• acondicionamento adequado para que não haja risco de
derramamento.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A Cultura do bacilo de Koch (M. tuberculosis)é
indicada para:
– Os suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao
exame direto do escarro;
– O diagnóstico das formas extrapulmonares;
– Os casos de suspeita de resistência bacteriana às
drogas quando deve ser realizado o teste de
sensibilidade;
– Os casos de suspeita de infecção por micobacterias
não-tuberculosas, notadamente nos doentes HIV
positivos ou com AIDS, quando deverá ser realizada a
tipificação do bacilo.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A Cultura do bacilo de Koch
• Conservação e transporte
– Para transportar potes de escarro de uma unidade
básica de saúde para outra de maior complexidade,
para realização da baciloscopia ou da cultura, as
amostras de escarro poderão ficar em temperatura
ambiente, protegidas da luz solar por um período
máximo de 24 horas.
– Se a demora para o envio ao laboratório for no
máximo de 7 dias, as amostras de escarro deverão ser
mantidas refrigeradas entre 2C e 8C em geladeira
exclusiva para armazenar material contaminado.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Exame Radiológico:
– O exame radiológico é auxiliar no diagnóstico da
tuberculose justificando-se sua utilização, se possível, nos
casos suspeitos. É sempre indispensável realizar o exame
bacteriológico para um diagnóstico correto;
– O exame radiológico permite a identificação de pessoas
portadoras de imagens sugestivas de tuberculose ou de
outras patologias;
– O exame radiológico, em pacientes com baciloscopia
positiva, tem como função principal a exclusão de outra
doença pulmonar associada que necessite de tratamento
concomitante, além de permitir avaliação da evolução
radiológica dos pacientes, sobretudo naqueles que não
responderam à quimioterapia.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Classificação do exame
radiológico:
– Normal – os que não apresentam
imagens patológicas nos campos
pleuro-pulmonares;
– Seqüela – os que apresentam
imagens sugestivas de lesões
cicatriciais;
– Suspeito – os que apresentam
imagens sugestivas de tuberculose;
– Outras doenças – os que apresentam
imagens sugestivas de
pneumopatias não-tuberculosa
(infecções bacterianas, micoses,
abcessos ou neoplasias).
Radiografia de tórax em um
caso de tuberculose pulmonar
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A Prova Tuberculínica:
– Indicada como método auxiliar no diagnóstico da
tuberculose,
a
prova
tuberculínica
positivo,
isoladamente, indica apenas a presença de infecção
e não é suficiente para o diagnóstico da tuberculose
doença.
– No Brasil a tuberculina usada é o PPD RT23, aplicado
por via intradérmica no terço médio da face anterior
do antebraço esquerdo, na dose de 0,1 ml,
equivalente a 2UT.
– Quando conservada em temperatura entre 4 e 8°° C, a
tuberculina mantêm-se ativa por 6 meses. Não deve,
entretanto, ser congelada nem exposta à luz solar
direta.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A Prova Tuberculínica:
– A técnica de aplicação
(mantoux) e o material
utilizado são padronizados
pela OMS e tem
especificações
semelhantes às usadas
para a vacinação BCG. A
injeção do líquido faz
aparecer uma pequena
área de limites precisos,
pálida e de aspecto
pontilhado como casca
de laranja.
Injeção intradérmica da tuberculina.
Formação de pápula de inoculação.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A Prova Tuberculínica:
– A leitura deve ser realizada
72 a 96 horas após a
aplicação, medindo-se com
régua milimetrada o maior
diâmetro transverso da área
de endurecimento palpável.
– O resultado, registrado em
milímetros classifica-se
como:
• 0 a 4 mm : não reator
• 5 a 9 mm : reator fraco
• l0 mm ou mais : reator forte
Mensuração Correta
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• Algumas circunstâncias podem interferir no
resultado da prova tuberculínica como: AIDS,
sarcoidose, neoplasias, doenças linfoproliferativas,
tratamentos com corticosteroídes e drogas
imunodepressoras, gravidez, etc..
• Todos os indivíduos infectados pelo HIV devem ser
submetidos ao teste tuberculínico.
• Considera-se reator aquele que apresenta
endurecimento de 5mm ou mais
• Não reator é aquele com endurecimento entre 0 e
4mm.
ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR
• A Prova
Tuberculínica:
• Nos indivíduos
vacinados com BCG,
sobretudo entre
aqueles imunizados há
até 2 anos, a prova
tuberculínica deve ser
interpretada com
cautela.
Cicatriz da vacina BCG
Tratamento da tuberculose-condutas,
supervisão e critérios de alta
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
E CONDUTA
• Somente deverá ser considerado para tratamento
imediato o paciente com diagnóstico de
tuberculose pulmonar bacilífera que apresentar:
• Duas baciloscopias diretas positivas;
• Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva;
• Uma baciloscopia direta positiva, uma negativa, porém
com resultado positivo no exame da 3ª amostra.
• Se as duas ou três amostras forem negativas, ou se
houver suspeita de Tb extrapulmonar, o paciente
deverá ser encaminhado para consulta médica na
Unidade de Referência.
A NOTIFICAÇÃO DO CASO DE
TUBERCULOSE
• O caso deverá ser notificado através do
preenchimento da ficha de notificação do
SINAN.
• A digitação da ficha de notificação do
SINAN deverá ser realizada no Distrito
Sanitário ou na Vigilância Epidemiológica
(VE) do município.
• As notificações devem ser encaminhadas às
Secretarias Estaduaais de Saúde.
O TRATAMENTO DO PACIENTE
COM TUBERCULOSE
• Descobrir uma “fonte de
infecção”, ou seja,
diagnosticar um paciente
com tuberculose
pulmonar bacilífera, não é
o suficiente se não for
instituído o tratamento
quimioterápico adequado
que garanta a sua cura.
• Para isso, é indispensável o fornecimento ininterrupto e
gratuito das drogas e a supervisão das tomadas, com
prioridade absoluta para os “pulmonares positivos”.
O TRATAMENTO DO PACIENTE
COM TUBERCULOSE
• PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TRATAMENTO
– Associação medicamentosa adequada, em doses
corretas, por tempo suficiente, com supervisão do
tratamento.
– Tratamento prioritário dos bacilíferos com supervisão
da tomada dos medicamentos
– Os doentes “pulmonares positivos” não precisam nem
devem ser segregados do convívio familiar e da
comunidade.
– Os casos com diagnóstico confirmado nas Unidades
de Referência devem voltar para as UBS próximas dos
seus domicílios onde serão tratados e acompanhados
até a alta.
A ADESÃO AO TRATAMENTO: O
PAPEL DA ESTRATÉGIA DOTS/TDS
• Conversar com o doente,
explicando em linguagem acessível
as características da doença e do
tratamento, aumenta a chance do
doente aderir ao tratamento.
• A estratégia do tratamento
supervisionado - DOTS/TDS -, tem
como objetivo garantir o tratamento
da grande maioria de doentes,
reduzindo o risco de transmissão da
doença na comunidade.
A ADESÃO AO TRATAMENTO: O
PAPEL DA ESTRATÉGIA DOTS/TDS
• O tratamento supervisionado
requer a supervisão da
ingestão dos medicamentos
em uma única dose diária.
• Deve-se explicar ao paciente
e sua família o porquê da
necessidade do tratamento
supervisionado.
A ADESÃO AO TRATAMENTO: O
PAPEL DA ESTRATÉGIA DOTS/TDS
• A ingestão dos medicamentos deve ser diretamente
supervisionada para os doentes pulmonares bacilíferos
nas seguintes situações:
•
•
•
•
•
etilistas;
casos de retratamento após abandono;
mendigos;
presidiários;
doentes institucionalizados (asilos, manicômios).
• O local (residência ou unidade de saúde) e a frequência
da supervisão (diária ou três vezes na semana), deve ser
definida pela equipe de profissionais em conjunto com o
doente e sua família, mediante a avaliação de cada
caso.
O TRATAMENTO DO PACIENTE
COM TUBERCULOSE
• ESQUEMAS DE TRATAMENTO SEGUNDO A
SITUAÇÃO DO CASO
Esquema Básico
(Esquema I: 2RHZ/4RH)
Caso Novo:
Caso sem tratamento anterior,
tratamento por menos de 30 dias
ou com tratamento anterior
há mais de 5 anos.
O TRATAMENTO DO PACIENTE
COM TUBERCULOSE
• ESQUEMAS DE TRATAMENTO SEGUNDO A
SITUAÇÃO DO CASO
Com tratamento anterior
(retratamento):
Recidiva após cura com
o esquema básico;
Retorno após abandono
do esquema básico.
Esquema Básico + Etambutol
(Esquema IR: 2RHZE/4RHE)
O TRATAMENTO DO PACIENTE
COM TUBERCULOSE
• ESQUEMAS DE TRATAMENTO SEGUNDO A
SITUAÇÃO DO CASO
Esquema para
tuberculose
meningoencefálica
(Esquema II: 2 RHZ/7RH)
Tuberculose
Meningoencefálica
O TRATAMENTO DO PACIENTE
COM TUBERCULOSE
• ESQUEMAS DE TRATAMENTO SEGUNDO A
SITUAÇÃO DO CASO
Falência dos Esquemas
básico ou básico + etambutol
Esquema para
falência
(Esquema III:3SZEEt/9EEt)
SITUAÇÕES QUE INDICAM ENCAMINHAR O
PACIENTE PARA UNIDADE DE REFERÊNCIA
• Antecedentes, ou evidências clínicas, de
hepatopatia aguda (hepatite) ou crônica
(cirrose, hepatopatia alcoólica).
• O paciente é doente de AIDS ou soro positivo
para o HIV.
• Antecedentes ou evidências clínicas de
nefropatias (insuficiência renal crônica,
pacientes em regime de diálise).
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
SOBRE O TRATAMENTO
• Em todos os esquemas, a medicação é de uso
diário e deverá ser administrada de preferência
em uma única tomada, em jejum, ou em caso de
intolerância digestiva junto com uma refeição.
• Atenção especial com o alto risco de toxicidade
em pessoas com mais de 60 anos, em mau estado
geral e alcoolistas.
• A rifampicina interfere na ação dos contraceptivos
orais, devendo as mulheres em uso desse
medicamento receber orientação para utilizar
outros métodos anticoncepcionais.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
SOBRE O TRATAMENTO
• O esquema I pode ser usado, sem problemas, pelas
gestantes em qualquer período da gestação e em dose
plena. As gestantes com indicação de retratamento não
devem usar o esquema IR e sim o esquema básico
(esquema I) porque o uso de Etambutol deve ser evitado na
gravidez.
• O esquema III deve ser realizado em unidades mais
complexas. Sempre que possível, deve-se realizar o teste de
sensibilidade às drogas no início do tratamento para definir
claramente a possibilidade de sucesso deste esquema ou
sua modificação.
• Casos de falência do esquema III devem ser considerados
como portadores de tuberculose multirresistente (TBMR) e
encaminhados para unidades de referência capacitadas
para o acompanhamento deste tipo de pacientes.
A CRIANÇA COM SUSPEITA DE
TUBERCULOSE
• As manifestações clínicas
sugestivas de tuberculose na
criança e adolescente podem ser
variadas:
• Febre moderada, freqüentemente
vespertina, por mais de 15 dias,
irritabilidade, tosse, perda de peso e
sudorese noturna;
• Pneumonia de evolução lenta sem
melhora com o uso de antibióticos;
• Linfadenopatia cervical ou axilar, após
excluir adenite infecciosa aguda com
evidentes sinais flogísticos.
A CRIANÇA COM SUSPEITA DE
TUBERCULOSE
• As manifestações clínicas
sugestivas de tuberculose na
criança e adolescente podem
ser variadas:
• Achados radiográficos sugestivos
(adenomegalias hilares e/ou para
traqueais, pneumonias de evolução
lenta ou que cavitam durante a
evolução, infiltrado nodular difuso).
• História de contágio com adulto
com tuberculose pulmonar
bacilífera.
A CRIANÇA COM SUSPEITA DE
TUBERCULOSE
• Os casos suspeitos de tuberculose em crianças
e adolescentes devem ser encaminhados para
a unidade de referência para investigação e
confirmação do diagnóstico.
• Após definição do diagnóstico e estabelecido o
tratamento a criança deverá voltar para
acompanhamento e tratamento na UBS.
• Em crianças menores de 5 anos, que
apresentem dificuldade para ingerir os
comprimidos, recomenda-se o uso das drogas
em forma de xarope ou suspensão.
SITUAÇÕES ESPECIAIS QUE
INDICAM A HOSPITALIZAÇÃO
•
•
•
•
•
•
•
Meningoencefalite.
Indicações cirúrgicas em decorrência da tuberculose.
Complicações graves da tuberculose.
Intolerância medicamentosa incontrolável em ambulatório.
Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas graves.
Estado geral que não permita tratamento em ambulatório.
Em casos sociais, como ausência de residência fixa ou
grupos com maior possibilidade de abandono,
especialmente se for um caso de retratamento ou falência.
• O período de internação deve ser reduzido ao mínimo
possível.
ESQUEMAS DE TRATAMENTO
ESQUEMA BÁSICO OU ESQUEMA I - 2RHZ / 4RH
CASOS NOVOS DE TODAS AS FORMAS DE TUBERCULOSE PULMONAR E EXTRA PULMONAR
Peso do doente
Até 20 kg Mais de 20
Mais de 35 kg e
Fases do
kg e até 35
até 45 kg
Drogas
tratamento
kg
mg/kg/di
mg/dia
mg/dia
a
R
10
300
450
1ª fase
H
10
200
300
(2 meses - RHZ)
Z
35
1000
1500
R
10
300
450
2ª fase
H
10
200
300
(4 meses - RH)
Siglas: Rifampicina = R; Isoniazida = H; Pirazinamida = Z;
Mais de 45 kg
mg/dia
600
400
2000
600
400
ESQUEMAS DE TRATAMENTO
ESQUEMA II - 2 RHZ/7RH
FORMA MENINGOENCEFÁLICA DA TUBERCULOSE
Fases do
tratamento
1ª fase
(2 meses)
RHZ
2ª fase
(7 meses)
RH
Drogas
Doses para
todas as idades
mg/kg/dia
Peso do doente
Mais de 20 kg Mais de 35 kg Mais de 45 kg
e até 35 kg
e até 45 kg
R
H
Z
10
10
35
Mg/kg/dia
300
200
1.000
R
H
10
10
300
200
mg/dia
450
300
1.500
450
300
Siglas: Rifampicina = R; Isoniazida = H; Pirazinamida = Z
mg/dia
600
400
2.000
600
400
ESQUEMAS DE TRATAMENTO
ESQUEMA BÁSICO + ETAMBUTOL OU ESQUEMA IR - 2RHZE/4RHE
CASOS DE RECIDIVA APÓS CURA OU RETORNO APÓS ABANDONO DO ESQUEMA 1
Fases do
tratamento
1ª fase
(2 meses –RHZE)
2ª fase
(4 meses - RHE)
Peso do doente
Até 20 kg Mais de 20 kg e Mais de 35 kg
Drogas
até 35 kg
e até 45 kg
mg/kg/dia
mg/dia
mg/dia
R
10
300
450
H
10
200
300
Z
35
1.000
1.500
E
25
600
800
R
10
300
450
H
10
200
300
E
25
600
800
Mais de 45 kg
mg/dia
600
400
2.000
1.200
600
400
1.200
Siglas: Rifampicina = R; Isoniazida = H; Pirazinamida = Z; Etambutol =E
ESQUEMAS DE TRATAMENTO
ESQUEMA III - 3SZEEt/9EEt
CASOS DE FALÊNCIA DE TRATAMENTO DO ESQUEMA I e ESQUEMA IR
Fases do
tratamento
1ª fase
(3 meses – SZEEt)
2ª fase
(9 meses - EEt)
Peso do doente
Até 20 kg Mais de 20 kg Mais de 35 kg Mais de 45 kg
Drogas
e até 35 kg
e até 45 kg
mg/kg/dia
mg/dia
mg/dia
mg/dia
S
20
500
1000
1000
Z
35
1000
1500
2000
E
25
600
800
1200
Et
12
250
500
750
E
25
600
800
1200
Et
12
250
500
750
Siglas: Estreptomicina = S; Pirazinamida = Z; Etambutol =E; Etionamida = Et
O ACOMPANHAMENTO DO
TRATAMENTO
• Avaliar
periodicamente a
evolução da
doença e a
utilização correta
dos medicamentos.
• Garantir as
condições básicas
para o sucesso do
tratamento.
O ACOMPANHAMENTO DO
TRATAMENTO
• Estabelecer uma relação de
confiança com o paciente.
• Explicar ao paciente a natureza da
sua doença,a duração do
tratamento,a importância da
regularidade no uso das drogas e
as graves conseqüências advindas
da interrupção ou do abandono do
tratamento.
O ACOMPANHAMENTO DO
TRATAMENTO
• Realização mensal da baciloscopia de
controle, sendo indispensáveis as do 2º, 4º e
6º meses de tratamento, nos esquemas
básico (esquema I) e esquema básico +
etambutol (esquema IR) e no 3º, 6º, 9º e 12º
meses, nos casos do esquema III e
esquemas especiais.
• O paciente deve sempre ser orientado sobre
como obter a amostra de escarro.
O ACOMPANHAMENTO DO
TRATAMENTO
• O acompanhamento clínico visando à identificação
de queixas e de sintomas que possam avaliar a
evolução da doença após a introdução dos
medicamentos e a detecção de manifestações
adversas com seu uso.
• Nas Unidades com recursos de exame radiológico,
este pode ser utilizado periodicamente para
acompanhar a regressão ou o agravamento das
lesões na forma pulmonar da doença, em especial
na ausência de expectoração.
REAÇÕES ADVERSAS ÁS DROGAS
ANTI-TUBERCULOSE
• A maioria dos pacientes completa o tratamento
sem sentir qualquer efeito adverso das drogas.
• Os principais fatores relacionados às reações
adversas são:
–
–
–
–
Dosagem inadequada;
Horário da tomada dos medicamentos;
Idade e estado nutricional do doente;
Etilismo, disfunção hepática e/ou renal e à coinfecção pelo HIV.
REAÇÕES ADVERSAS ÁS DROGAS
ANTI-TUBERCULOSE
Reações Menores
EFEITO
Irritação gástrica (náusea, vômito)
Epigastralgia e dor abdominal
DROGA
Rifampicina
Isoniazida
Pirazinamida
Artralgia ou Artrite
Pirazinamida
Isoniazida
Neuropatia periférica (queimação das
Isoniazida
extremidades)
Etambutol
Cefaléia e mudança de comportamento Isoniazida
(euforia, insônia, ansiedade e
sonolência)
Suor e urina cor de laranja
Rifampicina
Prurido cutâneo
Isoniazida
Rifampicina
Hiperuricemia (com ou sem sintomas)
Pirazinamida
Etambutol
Febre
Rifampicina
Isoniazida
CONDUTA
Reformular os horários de
administração da medicação
Avaliar a função hepática
Medicar com ácido acetilsalicílico
Medicar com piridoxina (vit B6)
Orientar
Orientar
Medicar com anti-histamínico
Orientação dietética (dieta
hipopurínica)
Orientar
SUBSTITUIÇÃO DE DROGAS FRENTE
AOS EFEITOS ADVERSOS
• Intolerância à pirazinamida: substituir pelo
etambutol durante os dois meses previstos para o
uso da pirazinamida (2 RHE/4RH )
• Intolerância à isoniazida: substituir pelo etambutol e
pela estreptomicina nos 2 primeiros meses e
etambutol durante os quatro últimos meses (2 RESZ/
4RE)
• Intolerância à rifampicina: substituir pela
estreptomicina e etambutol durante os dois primeiros
meses e pelo etambutol durante os 10 meses
restantes, devendoo período de tratamento passar a
ser de 12 meses (2 SEHZ/10 HE)
REAÇÕES ADVERSAS ÁS DROGAS
ANTI-TUBERCULOSE
Reações Maiores
EFEITO
Exantemas
DROGA
Estreptomicina
Rifampicina
Hipoacusia
Vertigem e nistagmo
Psicose, crise convulsiva, encefalopatia
tóxica e coma
Neurite ótica
Estreptomicina
Estreptomicina
Isoniazida
CONDUTA
Suspender o tratamento
Reintroduzir o tratamento droga a droga após
resolução
Substituir o esquema nos casos graves ou
reincidentes.
Suspender a droga e substituí-la pela melhor opção.
Suspender a droga e substituí-la pela melhor opção.
Substituir por estreptomicina + Etambutol.
Etambutol
Substituir.
Isoniazida
Todas as drogas Suspender o tratamento
temporariamente até resolução.
Hepatotoxicidade (vômitos, Hepatite,
alteração das provas de função
hepática)
Trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia, Rifampicina
anemia hemolítica, Agranulocitose,
Isoniazida
vasculite
Nefrite intersticial
Rifampicina
principalmente
intermitente
Rabdomiólise com mioglobinúria e
Pirazinamida
insuficiência renal
Dependendo da gravidade, suspender o
tratamento e reavaliar o esquema de tratamento.
Suspender o tratamento.
Suspender o tratamento.
CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO
TRATAMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE
• Alta por Cura
– Pulmonares inicialmente positivos. A
alta por cura será dada quando, ao
completar o tratamento o paciente
apresentar duas baciloscopias
negativas: uma na fase de
acompanhamento e outra no final do
tratamento (cura bacteriológica
comprovada).
CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO
TRATAMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE
• Alta por completar o tratamento
• A alta será dada com base em critérios
clínicos e radiológicos, quando:
• O paciente não tiver realizado o exame de
escarro por ausência de expectoração, e tiver
alta com base em dados clínicos e exames
complementares (cura clínica não
comprovada bacteriologicamente);
• Casos de TB pulmonar inicialmente negativos;
• Casos de TB extra pulmonar.
CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO
TRATAMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE
• Alta por abandono de
tratamento
– Será dada ao doente que
deixou de comparecer à
Unidade por mais de 30 dias
consecutivos, após a data
prevista para seu retorno; nos
casos de tratamento
supervisionado, o prazo de 30
dias conta a partir da última
tomada da droga.
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CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO
TRATAMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE
• Alta por mudança de diagnóstico
– Será dada quando for constatado erro
no diagnóstico.
• Alta por óbito
– Será dada por ocasião do
conhecimento da morte do paciente,
durante o tratamento e
independentemente da causa.
CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO
TRATAMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE
• Alta por falência
– Quando houver persistência da positividade do escarro ao final
do 4º ou 5º mês de tratamento.
– Os doentes que no início do tratamento são fortemente positivos
(+ + ou + + +) e mantêm essa situação até o 4º mês, ou os que
apresentam positividade inicial seguida de negativação e nova
positividade por 2 meses consecutivos, a partir do 4º mês de
tratamento, são classificados como caso de falência.
– O aparecimento de poucos bacilos no exame direto do escarro,
na altura do 5º ou 6º mês do tratamento, isoladamente, não
significa falência de esquema.
• Observação: Quando o caso for encerrado por falência e o
paciente iniciar novo tratamento, deverá ser registrado como
caso de retratamento no Livro de Registro.
CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO
TRATAMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE
• Alta por transferência
– Será dada quando o doente for transferido para
outro Serviço de Saúde.
– A transferência deve ser processada através de
documento que informará sobre o diagnóstico e
o tratamento realizado até aquele momento.
– Deve-se buscar a confirmação de que o paciente
compareceu à Unidade para a qual foi transferido
e o resultado do tratamento, no momento da
avaliação da coorte.
PREVENÇÃO
• A INVESTIGAÇÃO E O ACOMPANHAMENTO DOS
CONTATOS
• Todos os contatos dos doentes de tuberculose,
especialmente os intradomiciliares, devem
comparecer à Unidade de Saúde para exame:
• Os sintomáticos respiratórios deverão submeter-se
à rotina prevista para o diagnóstico de
tuberculose;
• Os assintomáticos deverão realizar radiografia de
tórax quando houver disponibilidade desse
recurso.
PREVENÇÃO
AVALIAÇÃO DOS CONTATOS DOMICILIARES DE CASOS DE
TUBERCULOSE PULMONAR BACILOSCOPIA POSITIVA (ADULTOS)
Adulto
Assintomático (I)
Orientação
Sintomático
Exame de Escarro
Positivo
Negativo
Tratamento
Orientação
(I) Nos Serviços que dispuserem de aparelho de RX, realizar o exame.
PREVENÇÃO
AVALIAÇÃO DOS CONTATOS DOMICILIARES DE CASOS DE
TUBERCULOSE PULMONAR BACILOSCOPIA POSITIVA (CRIANÇAS)
Crianças até 15 anos
Não vacinadas
Vacinadas
PPD
Assintomático
Não Reator
BCG
Reator
Orientação
RX de Tórax
Sugestivo de Tb +
Sintomas Clínicos
Normal e sem
Sintomas Clínicos
Tratamento
Quimioprofilaxia
Sintomático (II)
RX de Tórax
Sugestivo de Tb +
Sintomas Clínicos
Normal
Tratamento
Orientação
Medicação Sintomática
Acompanhamento
(II) Quando houver presença de escarro, realizar baciloscopia para diagnóstico de TB.
PREVENÇÃO
• A VACINAÇÃO BCG
– A vacina BCG confere poder protetor às
formas graves da primoinfecção pelo M.
tubeerculosis. No Brasil, a vacina BCG é
prioritariamente indicada para as
crianças de 0 a 4 anos de idade, sendo
obrigatória para menores de um ano,
como dispõe a Portaria nº 452, de
06/12/76, do Ministério da Saúde.
– Recomenda-se a revacinação com BCG
nas crianças com idade de 10 anos,
podendo esta dose ser antecipada para
os seis anos.
– A vacinação BCG é feita segundo
orientações do Programa Nacional de
Imunizações, do Ministério da Saúde.
PREVENÇÃO
• QUIMIOPROFILAXIA DA TUBERCULOSE
– A quimioprofilaxia deve ser administrada a
pessoas infectadas pelo M. tuberculosis, com
a isoniazida na dosagem de 10 mg/kg de
peso, com total máximo de 300 mg
diariamente, durante seis meses.
– Existe consenso de que a quimioprofilaxia
deve ser dirigida aos grupos de alto risco de
tuberculose, entre estes, especialmente os
co-infectados pelo HIV e pelo M. tuberculosis.
PREVENÇÃO
• Indicações da quimiprofilaxia
– Recém-nascidos co-habitantes de foco tuberculoso
ativo. A isoniazida é administrada por três meses e,
após esse período, faz-se a prova tuberculinica. Se a
criança for reatora, a quimioprofilaxia deve ser
mantida por mais três meses; senão, interrompe-se o
uso da isoniazida e vacina-se com BCG.
– Crianças menores de 15 anos, sem sinais compatíveis
com tuberculose ativa, contato de tuberculoses
bacilíferos, não vacinadas com BCG e reatores à
tuberculina de 10 e mais mm; crianças vacinadas com
BCG, mas com resposta à tuberculina igual ou superior
a 15 mm.
PREVENÇÃO
• Indicações da quimiprofilaxia
– Indivíduos com viragem tuberculínica recente (até
doze meses), isto é, que tiveram um aumento na
resposta tuberculínica de, no mínimo, 10 mm.
– População indígena. Neste grupo, a quimioprofilaxia
está indicada em todo o contato de tuberculose
bacilífero, reator forte ao PPD, independente da idade
e do estado vacinal, após avaliação clínica e
afastada a possibilidade de tuberculose-doença,
através de bacilos copiado exame radiológico.
– lmunodeprimidos por uso de drogas ou por doenças
imunodepressoras e contatos intra-domiciliares de
tuberculosos, sob criteriosa decisão médica.
PREVENÇÃO
• Indicações da quimiprofilaxia
– Reatores fortes à tuberculina, sem sinais de tuberculose
ativa, mas com condições clínicas associadas a alto
risco de desenvolvê-la, como:
Alcoolismo.
Diabetes melitus insulinodependente.
Silicose.
Nefropatias graves .
Sarcoidose.
Linfomas.
Pacientes com uso prolongado de corticoesteróides em
dose de imunodepressão.
• Pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica.
• Pacientes submetidos a tratamento com
imunodepressores.
• Portadores de imagens radiográficas compatível com
tuberculose inativa sem história de quimioterapia prévia.
•
•
•
•
•
•
•
PREVENÇÃO
•Indicações da quimiprofilaxia
Quimioprofilixia para tuberculose em pacientes HIV+
INDICAÇÕES (1) (2)
Indivíduo sem sinais ou sintomas sugestivos de tuberculose:
A. Com radiografia de tórax normal e: 1) reação ao PPD
maior ou igual a 5mm (3); 2) contatos intra-domiciliares ou
institucionais de tuberculose bacilifera, ou 3) PPD não
reator ou com enduração entre 0-4 mm, com registro
documental de ter sido reator ao teste tuberculínico e
não submetido à tratamento ou quimioprofilaxia na
ocasião.
B. Com radiografia de tórax anormal: presença de cicatriz
radiológica de TB sem tratamento anterior (afastada
possibilidade de TB ativa através de exames de escarro e
radiografias anteriores), independentemente do resultado
do teste tuberculínico (PPD).
ESQUEMA (4)
Isoniazida, VO, 5-10 mg/kg/dia (dose máxima: 300mg/dia)
por seis meses consecutivos.
Sistema de Informação,
notificação e rotinas.
Sistema de Informação
• O Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) é a principal fonte de
dados do sistema de informação
epidemiológica da tuberculose nos níveis
federal, estadual e municipal.
• Nas portarias nº 1882/GM de 18/12/1997 e n.º
933 de 04/09/00, a transferência de recursos do
PAB será suspensa no caso da falta de
alimentação de informações do SINAN, pela
Secretaria de Saúde dos Municípios, junto à
Secretaria Estadual de Saúde, por dois meses
consecutivos.
Sistema de Informação
• O SINAN tem por objetivo coletar,
transmitir e disseminar dados
gerados rotineiramente pelo Sistema
de Vigilância Epidemiológica das
três esferas de governo, através de
uma rede informatizada.
• Dados de tuberculose também
estão disponíveis nos sistemas de
informação referentes à internações
(SIH/SUS), atendimento ambulatorial
(SIA/SUS) e óbitos (SIM).
• No tocante aos dados laboratoriais,
têm-se o Sistema de Informação
Laboratorial da Tuberculose (SILTB).
Federal
Estadual
Local
Sistema de Informação
• Entrada de dados no SINAN (versão para Windows):
Notificação do caso de tuberculose
– Os casos novos, os reingressos, as recidivas e os casos que
são transferidos, devem ser notificados utilizando a ficha de
notificação/investigação de tuberculose.
– A digitação da ficha do SINAN deverá ser realizada sempre
pelo município notificante, independentemente do local de
residência do paciente.
– Os municípios informatizados deverão digitar tanto os casos
residentes no próprio município, quanto aqueles residentes
em outros municípios.
– As correções de qualquer campo deverão ser feitas pelo
primeiro nível informatizado.
– Todo óbito por tuberculose notificado ao SIM deverá ser
comunicado à coordenação de vigilância epidemiológica.
Sistema de Informação
• Notificação/investigação e/ou
acompanhamento de casos fora do município
de residência.
– Casos de tuberculose notificados e/ou acompanhados
fora do município de residência (município notificante)
deverão ter suas fichas e dados de acompanhamento
enviados para o município de residência somente
após o encerramento do caso, para serem digitados.
– Estes dados não poderão ser modificados, caso
contrário, o SINAN irá gerar outra notificação, criando
desta forma um caso duplicado.
Sistema de Informação
• Acompanhamento do caso de tuberculose:
Atualização das informações.
– Os dados referentes às baciloscopias de controle e outros
exames realizados, o número de contatos examinados, a
situação do tratamento no 6º ou 12º mês e no encerramento,
bem como a data de encerramento, compõem as
informações do acompanhamento do tratamento e
possibilitam a avaliação do resultado do tratamento.
– O instrumento de coleta dos dados de acompanhamento do
tratamento para digitação no SINAN é o Boletim de
Acompanhamento de Casos de Tuberculose.
– É importante ressaltar que o preenchimento das informações
do acompanhamento do caso de tuberculose, bem como
da data de início de tratamento, são essenciais para o
cálculo dos indicadores utilizados para avaliar o resultado de
tratamento de coortes de casos.
Sistema de Informação
• Rotinas
• Rotina I - mudança de local de tratamento do
paciente de tuberculose (transferência)
– Caso o paciente mude o tratamento para outra
Unidade de atendimento (dentro ou fora do município
de notificação, na mesma Unidade Federada), este
deverá ser novamente notificado pela nova Unidade
de Saúde que receber esse paciente (em caso de
transferência oficial ou espontânea), utilizando um
novo número de notificação e registro da data desta
nova notificação.
Sistema de Informação
• Rotinas
• Rotina II - mudança de diagnóstico
– Os pacientes que, no decurso do tratamento, tenham
seu diagnóstico de tuberculose revisto e modificado
deverão ter o campo “situação no 9º mês” ( ou 12º
mês, quando notificado como meningite) e “situação
de encerramento” preenchido com a categoria 5 ”mudança de diagnóstico” . Esses registros não são
considerados nos relatórios emitidos pelo sistema,
exceto nos relatórios de acompanhamento de casos e
de resultado de tratamento de coorte de casos.
Sistema de Informação
• Rotinas
• Rotina III - mudança de esquema terapêutico
devido à toxicidade
– Paciente que tenha o tratamento inicial substituído por
outro devido à toxicidade e que continua em
tratamento após 6 meses, deve ser registrado no
campo “situação no 6º mês” ( ou 12º mês, quando
meningite) a categoria 6-”mudança de esquema por
intol/toxicidade”.
– De acordo com a evolução do caso, deve-se registrar
no campo “situação de encerramento” a categoria
correspondente (cura, abandono, óbito, transferência
ou Tb. Multirresistente)
Sistema de Informação
• Rotinas
• Rotina IV - situação de falência dos pacientes
de tuberculose
– Caso o paciente apresente falência ao tratamento
inicial (com 6 meses de duração), este caso não
deverá ser notificado novamente.
– Deve-se registrar este caso como falência no campo
situação no 9º mês, acompanhá-lo nos meses
seguintes até o término do seu tratamento para a
falência e encerrá-lo, segundo a situação
apresentada (cura, abandono, óbito, transferência ou
TB multirresistente) no campo “situação de
encerramento”.
Sistema de Informação
• Rotinas
• Rotina V - registros duplicados
– O SINAN emite um relatório (relatório de duplicidade)
com a relação de possíveis registros duplicados. O
sistema seleciona registros que tenham os seguintes
campos idênticos: primeiro e último nome do
paciente, data de nascimento e sexo.
– Este relatório deve ser analisado, semanalmente, no
nível municipal informatizado.
– As regionais e secretarias estaduais de saúde deverão
emitir e analisar o relatório de duplicidade com
periodicidade quinzenal e mensal, respectivamente.
Sistema de Informação
• Possibilidades de registros duplicados
• Homônimos
– Conceito: são registros que apresentam os mesmos
primeiro e último nomes dos pacientes, mesma data
de nascimento e mesmo sexo, mas que no entanto,
conclui-se que são pessoas diferentes.
– Procedimento: a utilização da opção “não listar”, para
que estes registros não sejam listados no relatório de
duplicidade.
Sistema de Informação
• Possibilidades de registros duplicados
• Duplo registro
– Conceito: é o paciente que foi notificado mais de uma
vez pela mesma unidade de saúde em tratamentos
diferentes, ou foi notificado mais de uma vez por
unidades de saúde diferentes durante o mesmo
tratamento ou em tratamentos diferentes.
– Procedimentos: Caso existam duas notificações de um
mesmo paciente atendido em unidades de Saúde
diferentes deve-se avaliar se houve uma transferência
(intra ou intermunicipal).
Sistema de Informação
• Possibilidades de registros duplicados
• Duplicidade de registros
– Conceito: quando há mais de uma notificação de um
mesmo paciente, referente ao mesmo “episódio” ou
tratamento, pela mesma Unidade de Saúde, com
números de notificações diferentes, (ex.: mesmo
paciente notificado 2 vezes pela mesma US como 2
casos novos ou 2 recidivas).
– Procedimento: nestes casos, o 2º registro (mais atual)
deverá ser excluído pela rotina do SINAN pelo primeiro
nível informatizado.
Sistema de Informação
• Tabulação de dados
– A base de dados do SINAN contém dados para o cálculo
de indicadores essenciais para avaliação do
comportamento da endemia e das ações de controle.
• O SINAN emite os seguintes relatórios:
•
•
•
•
•
•
•
•
Incidência anual de tuberculose pulmonar bacilífera por idade e sexo;
Incidência de meningite tuberculosa em menores de 5 anos;
Percentual de co-infecção de HIV/TB por faixa etária;
Percentual de casos de tuberculose pulmonar com baciloscopia
positiva que negativaram no 2º mês;
Relatório de acompanhamento dos casos de tuberculose;
Resultado do tratamento das coortes dos casos de tuberculose;
Distribuição dos casos diagnosticados por forma clínica, idade e sexo;
Distribuição dos casos de tuberculose extrapulmonar diagnosticados
segundo a forma clínica e grupo etário.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• MÉDICO(A):
• Identificar os sintomáticos respiratórios
em visita domiciliar na comunidade e no
atendimento na UBS;
• Solicitar baciloscopia dos sintomáticos
respiratórios (duas amostras);
• Iniciar e acompanhar o tratamento dos
doentes com tuberculose pulmonar e
extra pulmonar;
• Explicar ao paciente porque o
tratamento supervisionado é necessário
e quem vai realizar a supervisão, nos
casos que tiverem indicação.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• MÉDICO(A):
• Solicitar baciloscopias para
acompanhamento do tratamento;
• Iniciar quimioprofilaxia para os
comunicantes de acordo com o
protocolo.
• Solicitar RX de tórax segundo critérios
definidos no protocolo.
• Dar alta aos pacientes do tratamento.
• Realizar ações educativas junto à
comunidade.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• MÉDICO(A):
• Iniciar e acompanhar tratamento dos
casos de TB pulmonar com
baciloscopias negativas e dos casos de
TB extrapulmonar, quando o
diagnóstico for confirmado após
investigação em uma Unidade de
Referência.
• Encaminhar os casos para outro nível
de assistência, com ficha de
referência/contra-referência
devidamente preenchida.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• MÉDICO(A):
• Fazer visita domiciliar quando necessário.
• Notificar o caso de tuberculose
confirmado.
• Identificar efeitos colaterais das
medicações e interações
medicamentosas.
• Dar orientações gerais a respeito do
agravo.
• Investigar co-infecção com HIV.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• ENFERMEIRO(A):
• Identificar os sintomáticos respiratórios entre
as pessoas que procuram as unidades básicas
de saúde, ou mediante os relatos dos ACS.
• Solicitar baciloscopia do sintomático
respiratório para diagnóstico (duas amostras).
• Orientar quanto a coleta de escarro.
• Fornecer o pote para a coleta do escarro.
• Identificar, no pote, o nome do paciente.
• Enviar a amostra ao laboratório.
• Realizar consulta de enfermagem mensal
(conforme programação de trabalho da
equipe).
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• ENFERMEIRO(A):
• Programar os quantitativos de medicamentos
necessários ao mês, para cada doente
cadastrado na unidade básica de saúde, de
forma a assegurar o tratamento completo de
todos.
• Dispensar os medicamentos para o doente.
Orientar como usar a medicação, esclarecer
as dúvidas dos doentes e desmistificar os tabus
e estigmas.
• Acompanhar a ficha de supervisão do
tratamento preenchida pelo ACS.
• Convocar os comunicantes para investigação.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• ENFERMEIRO(A):
• Solicitar exame de escarro mensal (2, 4 e 6
meses para os doentes em uso dos esquemas
básico e básico+etambutol) para
acompanhar o tratamento dos pulmonares
bacilíferos.
• Convocar o doente faltoso à consulta.
Planejar visita domiciliar.
• Convocar o doente em abandono de
tratamento. Planejar visita domiciliar.
• Transferir o doente da unidade básica de
saúde, quando necessário, com a ficha de
referência e contra-referência devidamente
preenchida.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• ENFERMEIRO(A):
• Aplicar a vacina BCG. Caso não tenha capacitação
para tal providenciar junto ao gestor da UBS a sua
capacitação em outra unidade de saúde.
• Preencher o Livro de registro do Doente na UBS.
• Fazer juntamente com a equipe a análise de coorte
trimestral.
• Encaminhar o doente para uma unidade de
referência quando necessário.
• Realizar ações educativas junto à clientela da UBS e
no domicílio.
• Fazer visita domiciliar para acompanhar o tratamento
domiciliar e supervisionar o trabalho do ACS.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• ENFERMEIRO(A):
• Agendar consulta extra quando necessário.
• Notificar o caso de tuberculose confirmado
que vai iniciar tratamento.
• Identificar reações adversas dos
medicamentos e interações medicamentosas.
• Manter a ficha do SIAB (B-Tb) atualizada.
• Planejar, juntamente com a equipe e
coordenação municipal, estratégias de
controle da tuberculose na comunidade.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• AUXILIAR DE ENFERMAGEM:
• Identificar os sintomáticos respiratórios em
visita domiciliar na comunidade e na
unidade básica de saúde.
• Identificar o pote de coleta do escarro.
• Orientar a coleta do escarro.
• Encaminhar o material ao laboratório.
• Receber o resultado do exame, protocolar e
anexá-lo ao prontuário (fluxograma).
• Receber o resultado da baciloscopia de
acompanhamento do tratamento,
protocolar e anexá-lo ao prontuário.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• AUXILIAR DE ENFERMAGEM:
• Realizar ações educativas junto à
comunidade.
• Supervisionar o uso correto da
medicação nas visitas domiciliares
e o comparecimento às consultas
de acordo com a rotina da equipe.
• Aplicar a vacina BCG. Caso não
tenha capacitação para tal
providenciar junto ao gestor da UBS
a sua capacitação em outra
unidade de saúde.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• AUXILIAR DE ENFERMAGEM:
• Agendar consulta extra quando
necessário.
• Fornecer medicação, orientar o seu
uso e a importância do tratamento.
Esclarecer as dúvidas dos doentes.
• Fazer teste tuberculínico. Caso não
tenha capacitação para tal
providenciar junto ao gestor da UBS a
sua capacitação em outra unidade
de saúde.
• Participar da programação e
avaliação
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE:
• Identificar os sintomáticos respiratórios
nos domicílios e na comunidade.
• Orientar a coleta e o encaminhamento
do escarro dos sintomáticos respiratórios
na comunidade.
• Encaminhar ou comunicar o caso
suspeito à equipe.
• Orientar e encaminhar os comunicantes
à UBS para consulta, diagnóstico e
tratamento quando necessário.
• Realizar ações educativas junto à
comunidade.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE:
• Fazer visita domiciliar de acordo com a
programação da equipe, usando a
ficha do SIAB (B-Tb).
• Supervisionar a tomada diária da
medicação específica, quando
indicado, e o comparecimento do
doente às consultas agendadas.
• Agendar consulta extra quando
necessário.
• Manter a ficha do SIAB (B-TB)
atualizada.
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE:
• Participar, com a equipe, do
planejamento de ações para o
controle da tuberculose na
comunidade.
• Verificar, no Cartão da Criança, a sua
situação vacinal: se faltoso,
encaminhar à UBS ou Centro de Saúde
para ser vacinado.
• Verificar a presença de cicatriz da
vacina BCG no braço direito da
criança. Caso não exista e não haja
qualquer comprovante no cartão da
criança, encaminhar para vacinação.
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
CONTROLE DA TUBERCULOSE
INDICADORES DA BUSCA, DIAGNOSTICO E ACOMPANHAMENTO
DOS CASOS DE TUBERCULOSE
VARIÁVEL
INDICADOR
OBJETIVO E
OPERACIONALIZAÇÃO
DETECÇÃO: Número e
proporção de adultos
sintomáticos respiratórios
detectados que realizaram
baciloscopia de escarro.
Número de sintomáticos
respiratórios detectados entre
todos os adultos que se
consultam na UBS por qualquer
motivo;
Necessário para dar idéia
de cobertura do
Programa e para o
planejamento de recursos
para os serviços;
A avaliação é adequada
quando 1 a 5% (em torno de
4%) dos sintomáticos
respiratórios que realizaram
baciloscopia são positivos
Percentual de pacientes com
baciloscopia positiva entre
todos os sintomáticos
respiratórios examinados.
Dados do Registro Geral
das UBS e do Livro de
Laboratório
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
CONTROLE DA TUBERCULOSE
INDICADORES DA BUSCA, DIAGNOSTICO E ACOMPANHAMENTO
DOS CASOS DE TUBERCULOSE
VARIÁVEL
INDICADOR
OBJETIVO E
OPERACIONALIZAÇÃO
QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO:
Número de casos de tuberculose
diagnosticados no último
trimestre segundo localização,
resultado da baciloscopia e
tratamento anterior:
A avaliação desta variável é
adequada quando:
- mais de 50% dos casos
diagnosticados são de
localização pulmonar e com
baciloscopia positiva;
Todos os casos pulmonares em
adultos realizaram baciloscopias
de escarro;
Localização:
• Percentual de casos
pulmonares:
• Percentual de casos
extrapulmonares:
Baciloscopia:
• Percentual de positivos
• Percentual de negativos
Tratamento anterior:
• Percentual de casos novos
Percentual de casos de
retratamento
Verificar se os profissionais
de saúde estão utilizando,
prioritariamente, a
baciloscopia para efetuar
o diagnóstico.
Verificar a tendência do
percentual de casos de
retratamento (indicador de
acompanhamento dos
casos).
Dados do Livro de Registro
e Acompanhamento dos
casos de tuberculose.
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
CONTROLE DA TUBERCULOSE
INDICADORES DA BUSCA, DIAGNOSTICO E ACOMPANHAMENTO
DOS CASOS DE TUBERCULOSE
VARIÁVEL
RESULTADO DO TRATAMENTO:
Proporção de casos novos de
tuberculose pulmonar bacilíferos
tratados, segundo critério de alta:
INDICADOR
Percentual de altas por cura
(comprovada por negativação
da baciloscopia):
Percentual de altas por completar
o tratamento:
Realiza-se a análise da coorte
Percentual de altas por
que inclui todos os casos novos
abandono:
pulmonares positivos registrados
Percentual de altas por mudança
no trimestre um ano antes.
de diagnóstico:
Percentual de altas por óbito:
Considera-se uma avaliação
Percentual de altas por falência:
adequada quando se obtêm mais Percentual de altas por
de 85% de “sucesso” (alta por
transferência:
cura e alta por completar o
tratamento) e menos de 5% de
alta por abandono.
OBJETIVO E
OPERACIONALIZAÇÃO
Verificar a qualidade do
acompanhamento dos
casos e supervisão do
tratamento.
Analisar a tendência do
percentual de sucesso do
tratamento.
Dados do Livro de Registro
e Acompanhamento dos
casos de tuberculose.